junho 25, 2014

No contact

Wi-fi em bares. Em festas. 

Celulares nos bolsos. Nas bolsas. Nas mãos. Nos rostos. 

Olhares. Olhar na tela. 

Tocar. Touch Screen. 

O normal é ser absorvido pela matéria. O bizarro, hoje, é ainda querer contato. Contato de outro ser que pulsa. Que respira. Que sente. 

O contato entre dois, ou mais, seres pensantes e sensíveis parece ter se tornado inviável. 

Agora lhe resta saber conviver consigo mesmo e com um objeto. Se algo lhe frustrar você não terá que lidar com isso pessoalmente. 

Ao mundo real você já não mais pertence, mas para despertar é simples. 

Basta desligar. 

Ou ficar sem bateria.

Um comentário:

  1. Queremos estar presentes em cada vez mais lugares, em cada um deles tão ausentes quanto possível.
    GK

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